segunda-feira, 27 de junho de 2011

Imagens do funcionamento das salas de recursos

 Descrição da imagem: Montagem de diversas fotografias que mostram os espaços de salas de recurso em Lorena, decoração colorida e organizada. Em uma das imagens uma mulher coloca um logo na parede com o escrito "VIDA" e bonequinhos coloridos em volta.


 Descrição da imagem: Montagem de fotografias. Professoras e alunos empenhados em diversas atividade escolares do dia-a-dia.



 Descrição da imagem: Montagem de fotografias. Alunos com atenção nas  tarefas nas salas de recurso.



Descrição da Imagem: Montagem de fotografias. Montagem de fotografias. Crianças brincando e desenvolvendo tarefas nas salas de recurso. Professoras montando atividades.


 Descrição da Imagem: Montagem de fotografias. Materiais didáticos e mobiliário.





Descrição da Imagem: Montagem de fotografias. Alunos desenvolvendo atividades com materiais das  salas.

Histórico dos Trabalhos para o AEE: de 2010 aos dias de hoje

 HISTÓRICO SOBRE OS TRABALHOS COM EDUCAÇÃO ESPECIAL NO MUNICÍPIO DE LORENA (2010/2011)

Durante todo o ano de 2010, os trabalhos referentes a educação especial foram diversificados, atendendo à necessidade de se estruturar uma rede de apoio colaborativa, envolver os profissionais da educação e, também, de estabelecer o levantamento de dados referentes a estruturação do serviço do atendimento educacional especializado neste município.

No mês de fevereiro, as atividades contemplaram a organização para os cursos de formação em  Grafia Braille e inclusão escolar, além de visitas Às unidades escolares a fim
de se estabelecer um vínculo entre os professores, orientadores pedagógicos e gestão. O objetivo foi oferecer a esse público, não participante dos cursos oficiais, palestras referentes à inclusão escolar do aluno público alvo da educação especial. Para isso, tivemos organização de cronogramas, fichas de inscrição e avaliação, elaboração de apostilas, produção de materiais, pesquisa e reuniões. As visitas para sondagem aconteceram entre os dias 11/02 a 19/03.

Para o mês de março, além da continuidade Às visitas de sondagem, que ocorreu até o dia 19/03, tivemos reestruturações de conteúdos, planejamento e seleção dos inscritos para os cursos de formação oferecidos: Grafia Braille e Inclusão Escolar. Já de posse dos dados obtidos através das visitas Às unidades escolares, demos início a construção dos materiais, com o tema trabalhado nas palestras: A Legislação sobre Inclusão escolar - panorama histórico.

Durante todo o mês de abril, seguindo o cronograma estabelecido e previamente informado Às unidades escolares, demos seqüência aos trabalhos com a efetivação das palestras, oferecidas a todas as escolas. Também deu-se início aos cursos de formação, grafia Braille e Inclusão escolar, que aconteceram semanalmente, no período noturno, na Casa de Cultura. Importante destacar que esses cursos foram ministrados, também, no ano anterior de 2009.

A partir de então, os cursos de formação em grafia Braille e Inclusão Escolar ocorreram paralelamente às demais atividades da equipe, tendo finalizado em dezembro deste mesmo ano. Correção dos trabalhos, elaboração, cópia e reprodução de materiais também estiveram entre as atividades previstas.

COMO TUDO COMEÇOU

No mês de maio recebemos da Secretaria de Educação a solicitação de informações referentes a situação da educação especial no município de Lorena. Junto a solicitação, recebemos, também, a nota Técnica nº. 11, de 07 de maio de 2010,   encaminhada pelo Ministério da Educação aos Sistemas de Ensino. Dispõe sobre orientação para a institucionalização da oferta do Atendimento Educacional Especializado – AEE em salas de recursos multifuncionais, implantadas nas escolas regulares.

Em resposta a essa solicitação, informamos a inexistência do serviço de Atendimento Educacional Especializado neste município e que os trabalhos consentravam-se em escolas e classes especiais. A partir dessa constatação demos início a verificação, junto Às unidades escolares e Às demais equipes responsáveis, quais e quem seriam os alunos público alvo da educação especial matriculados no ensino regular. Para a coleta desses dados usamos uma ficha, elaborada especialmente para satisfazer tais requisitos. Nela continham, detalhadamente, explicações sobre a caracterização do aluno com deficiência, transtorno global do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação, bem como dados relevantes  do aluno a serem preenchidos e encaminhados de volta a Secretaria de Educação, conforme data definida. No final desse mesmo mês, ocorreu a Caravana da Inclusão, na cidade de São José dos Campos, onde foram apresentados dados preliminares sobre alunos com deficiência na rede municipal das cidades do Vale do Paraíba, incluindo Lorena, com 278 alunos segundo dados do INEP.

Em 1º de junho enviamos as fichas para as Unidades Escolares. A partir dos retornos, demos início a tabulação de dados e verificação dos prontuários desses alunos descritos, identificando se se tratavam  de alunos público alvo   ou, se apenas dificuldade de aprendizagem ou, ainda, se necessitariam de avaliação. Organizamos e registramos tais dados em uma tabela, identificando informações relevantes, como: nome da escola, nome do aluno, série, turno, data de nascimento/idade, deficiência, entre outros. O processo de tabulação exigiu uma dedicação intensa e, por vezes interminável, confrontando dados   que se conflitavam e tendo que sistematizar tais informações.

A primeira tabulação oficial, ainda sem retorno total das fichas, saiu em Agosto. Ainda nesse mês nos empenhamos para a construção da Normativa para o AEE, que envolveu toda a equipe em reuniões.

Nos meses de setembro e outubro estivemos empenhadas, ainda, na tabulação de dados, acrescentando as informações que chegavam a partir das fichas. Nesses meses, também, ocorreram reuniões internas, com equipe de educação especial, reuniões com gestoras, orientadoras pedagógicas, secretário adjunto e oficina pedagógica. No final de outubro saiu a segunda tabulação oficial, porém não finalizada devido a falta total de dados, não respondidos por todas as escolas. Chegamos próximos ao número oficial do INEP, de 278 alunos. Porém, nem todos esses alunos informados pelas escolas e cadastrados como deficientes possuíam tais características, sendo as mais identificadas como “dificuldade de aprendizagem” e, por isso, sem a comprovação necessária para incluí-los nas Salas de Recursos.

Em novembro, o estudo da  legislação sobre o Atendimento Educacional foi o foco dos trabalhos, incluindo pesquisas e levantamento dos materiais que o município recebeu para as sete salas instaladas. a partir da tabulação oficial, começamos a distribuir os "supostos" alunos a serem atendidos nas salas de recurso, conforme sua sede e as escolas de abrangência. Verificou-se a inexistência de dados e avaliação de alguns alunos encaminhados pelas fichas. Esses alunos foram listados e separados por equipes responsáveis: educação infantil, ensino fundamental 1A, ensino fundamental 1B e ensino fundamental 2. Fizemos encaminhamentos internos para cada equipe constando os nomes dos alunos a serem avaliados, a fim de incluí-los nas salas de recursos.

No mês de dezembro realizamos atividades internas, de ordem burocrática. Constaram  organização dos trabalhos para o início da implantação do serviço de atendimento Educacional Especializado, envolvendo perfil do professor, orientações básicas sobre o AEE e as salas de recursos, legislação, materiais recebidos, descrição de cargo, entre outros.

INÍCIO DA IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE AEE EM 2011

Para 2011 o serviço de atendimento educacional Especializado se efetivou. Inicialmente com a formação dos professores, criação dos protocolos e início dos atendimentos, a partir de março de 2011.

O QUE FOI FEITO

Iniciamos o ano letivo com a formação das nove professoras, cujas Salas de Recursos já haviam sido atribuídas conforme processo seletivo. A formação ocorrida entre os dias 07 de fevereiro de 2011 a 04 de março deste mesmo ano. As aulas foram ministradas pela equipe responsável pelas Salas de Recurso, envolvendo, também, outros profissionais da Secretaria de Educaçãoque ofereceram oficinas temáticas. Os trabalhos executados tiveram por finalidade:



ü      Seleção e elaboração de materiais para a formação: 
dinâmicas, textos, legislações, vídeos, slides;

ü      Apresentar o serviço do AEE levando as professoras a conhecerem 
seu espaço de atuação dentro das unidades escolares;

ü      Ministrar aulas para formação em AEE utilizando dinâmicas, vídeos, 
textos e legislações;

ü      Propor momentos de estudo e reflexão acerca das deficiências, 
por meio de oficinas e estudo de caso;

ü      Organizar cronogramas do curso envolvendo diversos profissionais,
 tais como: fonoaudiólogos, terapeuta ocupacional, professor de educação física, 
psicólogos, professora de arte, que ministraram oficinas para as professoras do AEE;

ü      Apresentar para as professoras as escolas de abrangência e seus alunos,
 conforme tabulação realizada anteriormente pela equipe responsável pelas salas
 de recursos ;

ü      Criar um blog  www.vivenciandoainclusao.blogspot.com para registrar a evolução 
dos trabalhos e todo o processo de implantação do AEE no município de Lorena;

ü      Organizar reuniões de pais a serem realizadas pelas professoras do AEE em
 suas escolas sede e de abrangência;

ü      Criar protocolos/documentos para registros referentes ao trabalho no AEE;

ü       Coordenar estudos individuais sobre o aluno e os dados coletados pelas 
professoras a fim de ensina-las  a preencher a documentação;

ü      Oferecer, a professora cuja sala de recursos atenderá deficiência visual, 
uma breve formação em grafia Braille, com duração de duas semanas;

ü      Realizar atendimento Às professoras do AEE, na sede da secretaria de 
educação, conforme necessidades encontradas;

ü      Realizar visitas Às salas de recurso a fim de orienta-las pedagogicamente.


OBS: Participaram da formação três professoras do AEE do Município de Piquete, 
autorizadas pela secretaria da educação.
Para o mês de março todas as sete salas de recursos entraram em funcionamento e as professoras começaram o atendimento dos alunos, seguindo um protocolo estruturado para coleta de dados, observação e caracterização das necessidades educacionais especiais da criança, bem como reuniões com responsáveis e construção de materiais a serem utilizados com as crianças. A princípio o atendimento individual justifica-se porque os casos são muito distintos entre si e necessita de um acompanhemento específico, levando em conta seu sucesso na escola regular. Todos os registros feitos pelas professoras seguem a organização seguinte:


PROTOCOLOS DA SALA DE RECURSO/AEE ELABORADOS PELA EQUIPE


DOCUMENTOS

OBJETIVO

Cartilha VIDA (com anexos)
Organizar, esclarecer e orientar a implantação das salas de recurso multifuncionais, delimitando as ações que competem a cada instância.





Termos de autorização
Autorizar o uso do transporte para o deslocamento entre a residência e a sala de recursos, nos horários agendados;

Autorizar a reprodução da imagem da criança para divulgação do trabalho em sala de recursos, no blog e com fins educacionais;

Estar ciente e autorizar a disponibilização dos documentos necessários à matrícula no AEE (laudos, pareceres, prontuários, e avaliações)para a professora da sala de recursos, bem como o respectivo arquivamento na pasta individual do aluno;

Termo de Matrícula no AEE
Requerer matrícula do aluno em Sala de Recursos Multifuncionais, informando dados familiares, escolares e de saúde da criança;

Termo de Desistência de vaga
Desistir da vaga oferecida no AEE, estando ciente dos trabalhos desenvolvidos e da necessidade apresentada pela criança;

Entrevista com o Responsável e Ficha Exploratória
Identificar o aluno, suas relações familiares, caracterização do aluno e necessidades educacionais encontradas ao observa-lo no ambiente escolar;

Controle de Frequência
Registrar os comparecimentos e ausências dos alunos, bem como justificar suas faltas abonadas.

Planejamento de Aula semanal para o AEE
Planejar quais atividades a serem desenvolvidas, os objetivos e os recursos utilizados em cada atendimento com o aluno, relatando as observações do
 atendimento; ficha individual.
Relatório de Visita do AEE para o Ensino Regular
Registrar as observações e orientações feitas pelas professoras do AEE nas escolas regulares.
Relatório de Visita da Equipe Às salas de Recurso
Acompanhar as professoras especialistas  do AEE nas salas de recursos, observando suas  necessidades encontradas, a fim de fornecer-lhes orientações e suporte aos trabalhos.

PDI/PPE

Elaborar o Plano de Desenvolvimento Individual do aluno e o Plano Pedagógico Especializado, objetivando maior entendimento das necessidades educacionais e das ações a serem propostas durante o ano letivo.

Entre os meses de março a junho aconteceram os atendimentos para os alunos nas Salas de Recursos. As professoras também vieram à Secretaria de Educação  para receber atendimentos e orientações conforme dúvidas e necessidades surgidas no decorrer dos trabalhos, bem como devolutivas por parte da equipe responsável pelas Salas de Recurso, totalizando 39 atendimentos. Além disso, essa mesma equipe esteve dentro das escolas, conforme agendamento prévio, oferecendo suporte às professoras em atuação, num total de 23 visitas. Em visita a essas Salas de Recursos ocorreram encontros e reuniões de esclarecimento dos trabalhos com a equipe gestora e/ou OPs, sendo 7 no total. Inclui-se, também, 2 reuniões envolvendo equipe das Salas de Recurso, Supervisão, Equipe Gestora e professoras do AEE nas escolas E. M. Francisco Prudente de Aquino e E. M. Cyrene Leite de Almeida.

Reuniões, registros, agendamento para o transporte escolar, correções e tabulação de dados também fizeram parte dos trabalhos internos desempenhados pela equipe da Salas de Recursos. Para 1º. De junho solicitamos Às professoras  o preenchimento e a entrega  do Plano de Desenvolvimento Individual do aluno (PDI) e o Plano Pedagógico Especializado (PPE), conforme dados já coletados, atendimentos realizados e prevendo as atividades a serem programadas a fim de satisfazer às necessidades educacionais daquele aluno em questão. Após o recebimento dessa documentação fizemos a correção individual e a devolutiva para as professoras, orientando sobre as alterações mais pertinentes para o melhor  preenchimento dos PDI/PPE, marcando uma segunda entrega para o final de junho. Esses documentos serão utilizados durante todo o ano letivo e servirão de base para o professor especialista em suas intervenções com a criança. Além disso, as professoras especialista tiveram contato com outros profissionais que atendem as crianças, como fonoaudiólogos, psicólogos e serviço de Equoterapia.

Segundo relatório preenchido pelas professoras especialistas e encaminhados para a equipe responsável pelas Salas de Recurso, os balanços para o 1º. Semestre constam números muito expressivos. O trabalho foi positivo e contamos, até a presente data com 350 atendimentos em Salas de Recursos Multifuncionais. Ainda há alunos a serem avaliados a fim de incluí-los no Serviço do AEE

Os trabalhos continuam e para o 2º. Semestre planejamos mais ações voltadas ao serviço do Atendimento Educacional Especializado no município de Lorena. 

Profissional do CIAE é uma das Expositoras da X REATECH, em São Paulo

 Tecnologias em reabilitação, inclusão e acessibilidade voltadas Às pessoas com deficiência foram atração de uma feira em São paulo, a segunda maior do mundo voltada a esse público. A REATECH, que aconteceu entre os dias 14 e 17 de abril, chega a sua décima edição com muitas novidades.  

Contou com a presença de mais de 250 expositores de empresas especializadas em vários segmentos, um deles foi BrailluMais, um stand com produtos voltados às pessoas com deficiência visual. São jogos pedagógicos e brinquedos adaptados, construídos artesanalmente e sob a perspectiva do desenho universal, para que todos possam participar e se envolver na brincadeira. A responsável por esse projeto,  
 "Multiplicando Ações Inclusivas", é Luciane Molina, pedagoga do Centro Interdisciplinar de Assistência Educacional (CIAE). 
A criação dessa linha de produtos visa trazer uma nova visão para o ensino da Grafia Braille, e estimulação tátil, por meio do uso lúdico e pedagógico desses materiais, que foram desenvolvidos conforme suas necessidades enquanto pessoa com deficiência visual e profissional 
que atua na área da alfabetização e capacitação de professores. "Foi uma oportunidade grandiosa para divulgar o quanto podemos contribuir para que a inclusão da pessoa com deficiência visual seja encarada com naturalidade e ela possa participar de atividades em grupos diversos, envolvendo pessoas com e sem deficiência", revela Luciane Molina.
Estiveram visitando o stand pessoas vindas de todo país, incluindo professores, dirigentes de ensino, fisioterapêutas, psicólogos, profissionais da saúde, educação, reabilitação, familiares de pessoas com deficiência, representantes de várias instituições e, as próprias pessoas com deficiência. 
Entre os visitantes, o Stand BrailluMais recebeu, na sexta-feira, dia 15/04, a ilustre presença dos profissionais da cidade de Lorena, a coordenadora do CIAE, Elisabet Ferreira, a psicóloga Dênia Gomes e a especialista em educação Débora Rodrigues, ambas também do CIAE e mais 7 professoras das salas de recursos multifuncionais do município. "Ficamos muito felizes de ter uma representante nossa aqui na feira e viemos prestigiar seu stand, um espaço com muitas novidades na área da deficiência visual", diz Elisabet. Para Débora Rodrigues, a feira é um espaço para contatos e interação com pessoas de diferentes lugares e com um objetivo em comum, que é a inclusão das pessoas com deficiência. "já fizemos muitos contatos e pretendemos levar novidades pro nosso município, como palestras e eventos", continua.

Confira, em breve, outras novidades BrailluMais no site: www.braillu.com. Para entrar em contato com Luciane Molina, escreva para braillu@uol.com.br