sexta-feira, 15 de julho de 2011

AEE de Lorena é destaque no Portal Guia Inclusivo

Atendimento Educacional Especializado em Lorena - 13 de julho de 2011
por Luis Daniel
Um dos processos mais importantes na vida de um ser humano é a aprendizagem, que geralmente se inicia na fase da infância. Mas nem todos conseguem acompanhar a metodologia padrão de ensino e precisam de recursos que estimulam a capacidade de cada um. Entre elas, estão as pessoas com deficiência, seja ela visual, auditiva, motora (física) ou intelectual.
Para se desenvolver o potencial delas, o Ministério da Educação (MEC) determina que os municípios tenham espaços com recursos que supram as necessidades desses alunos. Este programa é chamado de Atendimento Educacional Especializado (AEE). Aqui no Vale do Paraíba, uma das cidades que possuem este trabalho é Lorena.
Atualmente, a rede municipal conta com sete locais de atendimento especializado. A colaboradora do Guia Inclusivo, a pedagoga Luciane Molina, que trabalha neste programa em Lorena, explica que o atendimento é realizado em horário inverso às aulas regulares e tem o objetivo de complementar o que foi ensinado anteriormente, não as substituindo.
Sala de recursos multifuncionais
O atendimento do AEE é realizado dentro da própria escola, em salas que possuem recursos como moveis acessíveis, materiais didáticos, entre outros recursos pedagógicos  voltados a cada tipo de deficiência.
É importante ressaltar, mais uma vez, que a atuação do atendimento educacional especializado é apenas um complemento do ensino regular e não deve segregar quem possui alguma deficiência como acontecia até bem pouco tempo atrás, que depois eram colocados em salas regulares sem o mínimo suporte pedagógico e de acessibilidade necessário.
Os esforços para a concretização da inclusão no ambiente escolar parecem estar surtindo os primeiros efeitos, mas é preciso que os professores estejam capacitados para saber trabalhar com o potencial e a dificuldade de cada aluno.

Fonte:
Guia Inclusivo:
http://www.guiainclusivo.com.br/2011/07/atendimento-educacional-especializado/
Leia também:Trabalhos desenvolvidos pelo CIAE no Programa “AEE” ganha destaque no portal Guia Inclusivo http://www.lorena.sp.gov.br/noticia.php?idnoti=5128

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Frase

A escola não pode tudo, mas pode mais. Pode acolher as diferenças. É
possível fazer uma pedagogia que não tenha medo da estranheza, do diferente,
do outro. A aprendizagem é destoante e heterogênea. Aprendemos coisas
diferentes daquelas que nos ensinam, em tempos distintos, (...) mas a
aprendizagem ocorre, sempre. Precisamos de uma pedagogia que seja uma nova
forma de se relacionar com o conhecimento, com os alunos, com seus pais, com
a comunidade, com os fracassos (com o fim deles), e que produza outros tipos
humanos, menos dóceis e disciplinados.
Abramowicz, 1997

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Imagens do funcionamento das salas de recursos

 Descrição da imagem: Montagem de diversas fotografias que mostram os espaços de salas de recurso em Lorena, decoração colorida e organizada. Em uma das imagens uma mulher coloca um logo na parede com o escrito "VIDA" e bonequinhos coloridos em volta.


 Descrição da imagem: Montagem de fotografias. Professoras e alunos empenhados em diversas atividade escolares do dia-a-dia.



 Descrição da imagem: Montagem de fotografias. Alunos com atenção nas  tarefas nas salas de recurso.



Descrição da Imagem: Montagem de fotografias. Montagem de fotografias. Crianças brincando e desenvolvendo tarefas nas salas de recurso. Professoras montando atividades.


 Descrição da Imagem: Montagem de fotografias. Materiais didáticos e mobiliário.





Descrição da Imagem: Montagem de fotografias. Alunos desenvolvendo atividades com materiais das  salas.

Histórico dos Trabalhos para o AEE: de 2010 aos dias de hoje

 HISTÓRICO SOBRE OS TRABALHOS COM EDUCAÇÃO ESPECIAL NO MUNICÍPIO DE LORENA (2010/2011)

Durante todo o ano de 2010, os trabalhos referentes a educação especial foram diversificados, atendendo à necessidade de se estruturar uma rede de apoio colaborativa, envolver os profissionais da educação e, também, de estabelecer o levantamento de dados referentes a estruturação do serviço do atendimento educacional especializado neste município.

No mês de fevereiro, as atividades contemplaram a organização para os cursos de formação em  Grafia Braille e inclusão escolar, além de visitas Às unidades escolares a fim
de se estabelecer um vínculo entre os professores, orientadores pedagógicos e gestão. O objetivo foi oferecer a esse público, não participante dos cursos oficiais, palestras referentes à inclusão escolar do aluno público alvo da educação especial. Para isso, tivemos organização de cronogramas, fichas de inscrição e avaliação, elaboração de apostilas, produção de materiais, pesquisa e reuniões. As visitas para sondagem aconteceram entre os dias 11/02 a 19/03.

Para o mês de março, além da continuidade Às visitas de sondagem, que ocorreu até o dia 19/03, tivemos reestruturações de conteúdos, planejamento e seleção dos inscritos para os cursos de formação oferecidos: Grafia Braille e Inclusão Escolar. Já de posse dos dados obtidos através das visitas Às unidades escolares, demos início a construção dos materiais, com o tema trabalhado nas palestras: A Legislação sobre Inclusão escolar - panorama histórico.

Durante todo o mês de abril, seguindo o cronograma estabelecido e previamente informado Às unidades escolares, demos seqüência aos trabalhos com a efetivação das palestras, oferecidas a todas as escolas. Também deu-se início aos cursos de formação, grafia Braille e Inclusão escolar, que aconteceram semanalmente, no período noturno, na Casa de Cultura. Importante destacar que esses cursos foram ministrados, também, no ano anterior de 2009.

A partir de então, os cursos de formação em grafia Braille e Inclusão Escolar ocorreram paralelamente às demais atividades da equipe, tendo finalizado em dezembro deste mesmo ano. Correção dos trabalhos, elaboração, cópia e reprodução de materiais também estiveram entre as atividades previstas.

COMO TUDO COMEÇOU

No mês de maio recebemos da Secretaria de Educação a solicitação de informações referentes a situação da educação especial no município de Lorena. Junto a solicitação, recebemos, também, a nota Técnica nº. 11, de 07 de maio de 2010,   encaminhada pelo Ministério da Educação aos Sistemas de Ensino. Dispõe sobre orientação para a institucionalização da oferta do Atendimento Educacional Especializado – AEE em salas de recursos multifuncionais, implantadas nas escolas regulares.

Em resposta a essa solicitação, informamos a inexistência do serviço de Atendimento Educacional Especializado neste município e que os trabalhos consentravam-se em escolas e classes especiais. A partir dessa constatação demos início a verificação, junto Às unidades escolares e Às demais equipes responsáveis, quais e quem seriam os alunos público alvo da educação especial matriculados no ensino regular. Para a coleta desses dados usamos uma ficha, elaborada especialmente para satisfazer tais requisitos. Nela continham, detalhadamente, explicações sobre a caracterização do aluno com deficiência, transtorno global do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação, bem como dados relevantes  do aluno a serem preenchidos e encaminhados de volta a Secretaria de Educação, conforme data definida. No final desse mesmo mês, ocorreu a Caravana da Inclusão, na cidade de São José dos Campos, onde foram apresentados dados preliminares sobre alunos com deficiência na rede municipal das cidades do Vale do Paraíba, incluindo Lorena, com 278 alunos segundo dados do INEP.

Em 1º de junho enviamos as fichas para as Unidades Escolares. A partir dos retornos, demos início a tabulação de dados e verificação dos prontuários desses alunos descritos, identificando se se tratavam  de alunos público alvo   ou, se apenas dificuldade de aprendizagem ou, ainda, se necessitariam de avaliação. Organizamos e registramos tais dados em uma tabela, identificando informações relevantes, como: nome da escola, nome do aluno, série, turno, data de nascimento/idade, deficiência, entre outros. O processo de tabulação exigiu uma dedicação intensa e, por vezes interminável, confrontando dados   que se conflitavam e tendo que sistematizar tais informações.

A primeira tabulação oficial, ainda sem retorno total das fichas, saiu em Agosto. Ainda nesse mês nos empenhamos para a construção da Normativa para o AEE, que envolveu toda a equipe em reuniões.

Nos meses de setembro e outubro estivemos empenhadas, ainda, na tabulação de dados, acrescentando as informações que chegavam a partir das fichas. Nesses meses, também, ocorreram reuniões internas, com equipe de educação especial, reuniões com gestoras, orientadoras pedagógicas, secretário adjunto e oficina pedagógica. No final de outubro saiu a segunda tabulação oficial, porém não finalizada devido a falta total de dados, não respondidos por todas as escolas. Chegamos próximos ao número oficial do INEP, de 278 alunos. Porém, nem todos esses alunos informados pelas escolas e cadastrados como deficientes possuíam tais características, sendo as mais identificadas como “dificuldade de aprendizagem” e, por isso, sem a comprovação necessária para incluí-los nas Salas de Recursos.

Em novembro, o estudo da  legislação sobre o Atendimento Educacional foi o foco dos trabalhos, incluindo pesquisas e levantamento dos materiais que o município recebeu para as sete salas instaladas. a partir da tabulação oficial, começamos a distribuir os "supostos" alunos a serem atendidos nas salas de recurso, conforme sua sede e as escolas de abrangência. Verificou-se a inexistência de dados e avaliação de alguns alunos encaminhados pelas fichas. Esses alunos foram listados e separados por equipes responsáveis: educação infantil, ensino fundamental 1A, ensino fundamental 1B e ensino fundamental 2. Fizemos encaminhamentos internos para cada equipe constando os nomes dos alunos a serem avaliados, a fim de incluí-los nas salas de recursos.

No mês de dezembro realizamos atividades internas, de ordem burocrática. Constaram  organização dos trabalhos para o início da implantação do serviço de atendimento Educacional Especializado, envolvendo perfil do professor, orientações básicas sobre o AEE e as salas de recursos, legislação, materiais recebidos, descrição de cargo, entre outros.

INÍCIO DA IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE AEE EM 2011

Para 2011 o serviço de atendimento educacional Especializado se efetivou. Inicialmente com a formação dos professores, criação dos protocolos e início dos atendimentos, a partir de março de 2011.

O QUE FOI FEITO

Iniciamos o ano letivo com a formação das nove professoras, cujas Salas de Recursos já haviam sido atribuídas conforme processo seletivo. A formação ocorrida entre os dias 07 de fevereiro de 2011 a 04 de março deste mesmo ano. As aulas foram ministradas pela equipe responsável pelas Salas de Recurso, envolvendo, também, outros profissionais da Secretaria de Educaçãoque ofereceram oficinas temáticas. Os trabalhos executados tiveram por finalidade:



ü      Seleção e elaboração de materiais para a formação: 
dinâmicas, textos, legislações, vídeos, slides;

ü      Apresentar o serviço do AEE levando as professoras a conhecerem 
seu espaço de atuação dentro das unidades escolares;

ü      Ministrar aulas para formação em AEE utilizando dinâmicas, vídeos, 
textos e legislações;

ü      Propor momentos de estudo e reflexão acerca das deficiências, 
por meio de oficinas e estudo de caso;

ü      Organizar cronogramas do curso envolvendo diversos profissionais,
 tais como: fonoaudiólogos, terapeuta ocupacional, professor de educação física, 
psicólogos, professora de arte, que ministraram oficinas para as professoras do AEE;

ü      Apresentar para as professoras as escolas de abrangência e seus alunos,
 conforme tabulação realizada anteriormente pela equipe responsável pelas salas
 de recursos ;

ü      Criar um blog  www.vivenciandoainclusao.blogspot.com para registrar a evolução 
dos trabalhos e todo o processo de implantação do AEE no município de Lorena;

ü      Organizar reuniões de pais a serem realizadas pelas professoras do AEE em
 suas escolas sede e de abrangência;

ü      Criar protocolos/documentos para registros referentes ao trabalho no AEE;

ü       Coordenar estudos individuais sobre o aluno e os dados coletados pelas 
professoras a fim de ensina-las  a preencher a documentação;

ü      Oferecer, a professora cuja sala de recursos atenderá deficiência visual, 
uma breve formação em grafia Braille, com duração de duas semanas;

ü      Realizar atendimento Às professoras do AEE, na sede da secretaria de 
educação, conforme necessidades encontradas;

ü      Realizar visitas Às salas de recurso a fim de orienta-las pedagogicamente.


OBS: Participaram da formação três professoras do AEE do Município de Piquete, 
autorizadas pela secretaria da educação.
Para o mês de março todas as sete salas de recursos entraram em funcionamento e as professoras começaram o atendimento dos alunos, seguindo um protocolo estruturado para coleta de dados, observação e caracterização das necessidades educacionais especiais da criança, bem como reuniões com responsáveis e construção de materiais a serem utilizados com as crianças. A princípio o atendimento individual justifica-se porque os casos são muito distintos entre si e necessita de um acompanhemento específico, levando em conta seu sucesso na escola regular. Todos os registros feitos pelas professoras seguem a organização seguinte:


PROTOCOLOS DA SALA DE RECURSO/AEE ELABORADOS PELA EQUIPE


DOCUMENTOS

OBJETIVO

Cartilha VIDA (com anexos)
Organizar, esclarecer e orientar a implantação das salas de recurso multifuncionais, delimitando as ações que competem a cada instância.





Termos de autorização
Autorizar o uso do transporte para o deslocamento entre a residência e a sala de recursos, nos horários agendados;

Autorizar a reprodução da imagem da criança para divulgação do trabalho em sala de recursos, no blog e com fins educacionais;

Estar ciente e autorizar a disponibilização dos documentos necessários à matrícula no AEE (laudos, pareceres, prontuários, e avaliações)para a professora da sala de recursos, bem como o respectivo arquivamento na pasta individual do aluno;

Termo de Matrícula no AEE
Requerer matrícula do aluno em Sala de Recursos Multifuncionais, informando dados familiares, escolares e de saúde da criança;

Termo de Desistência de vaga
Desistir da vaga oferecida no AEE, estando ciente dos trabalhos desenvolvidos e da necessidade apresentada pela criança;

Entrevista com o Responsável e Ficha Exploratória
Identificar o aluno, suas relações familiares, caracterização do aluno e necessidades educacionais encontradas ao observa-lo no ambiente escolar;

Controle de Frequência
Registrar os comparecimentos e ausências dos alunos, bem como justificar suas faltas abonadas.

Planejamento de Aula semanal para o AEE
Planejar quais atividades a serem desenvolvidas, os objetivos e os recursos utilizados em cada atendimento com o aluno, relatando as observações do
 atendimento; ficha individual.
Relatório de Visita do AEE para o Ensino Regular
Registrar as observações e orientações feitas pelas professoras do AEE nas escolas regulares.
Relatório de Visita da Equipe Às salas de Recurso
Acompanhar as professoras especialistas  do AEE nas salas de recursos, observando suas  necessidades encontradas, a fim de fornecer-lhes orientações e suporte aos trabalhos.

PDI/PPE

Elaborar o Plano de Desenvolvimento Individual do aluno e o Plano Pedagógico Especializado, objetivando maior entendimento das necessidades educacionais e das ações a serem propostas durante o ano letivo.

Entre os meses de março a junho aconteceram os atendimentos para os alunos nas Salas de Recursos. As professoras também vieram à Secretaria de Educação  para receber atendimentos e orientações conforme dúvidas e necessidades surgidas no decorrer dos trabalhos, bem como devolutivas por parte da equipe responsável pelas Salas de Recurso, totalizando 39 atendimentos. Além disso, essa mesma equipe esteve dentro das escolas, conforme agendamento prévio, oferecendo suporte às professoras em atuação, num total de 23 visitas. Em visita a essas Salas de Recursos ocorreram encontros e reuniões de esclarecimento dos trabalhos com a equipe gestora e/ou OPs, sendo 7 no total. Inclui-se, também, 2 reuniões envolvendo equipe das Salas de Recurso, Supervisão, Equipe Gestora e professoras do AEE nas escolas E. M. Francisco Prudente de Aquino e E. M. Cyrene Leite de Almeida.

Reuniões, registros, agendamento para o transporte escolar, correções e tabulação de dados também fizeram parte dos trabalhos internos desempenhados pela equipe da Salas de Recursos. Para 1º. De junho solicitamos Às professoras  o preenchimento e a entrega  do Plano de Desenvolvimento Individual do aluno (PDI) e o Plano Pedagógico Especializado (PPE), conforme dados já coletados, atendimentos realizados e prevendo as atividades a serem programadas a fim de satisfazer às necessidades educacionais daquele aluno em questão. Após o recebimento dessa documentação fizemos a correção individual e a devolutiva para as professoras, orientando sobre as alterações mais pertinentes para o melhor  preenchimento dos PDI/PPE, marcando uma segunda entrega para o final de junho. Esses documentos serão utilizados durante todo o ano letivo e servirão de base para o professor especialista em suas intervenções com a criança. Além disso, as professoras especialista tiveram contato com outros profissionais que atendem as crianças, como fonoaudiólogos, psicólogos e serviço de Equoterapia.

Segundo relatório preenchido pelas professoras especialistas e encaminhados para a equipe responsável pelas Salas de Recurso, os balanços para o 1º. Semestre constam números muito expressivos. O trabalho foi positivo e contamos, até a presente data com 350 atendimentos em Salas de Recursos Multifuncionais. Ainda há alunos a serem avaliados a fim de incluí-los no Serviço do AEE

Os trabalhos continuam e para o 2º. Semestre planejamos mais ações voltadas ao serviço do Atendimento Educacional Especializado no município de Lorena. 

Profissional do CIAE é uma das Expositoras da X REATECH, em São Paulo

 Tecnologias em reabilitação, inclusão e acessibilidade voltadas Às pessoas com deficiência foram atração de uma feira em São paulo, a segunda maior do mundo voltada a esse público. A REATECH, que aconteceu entre os dias 14 e 17 de abril, chega a sua décima edição com muitas novidades.  

Contou com a presença de mais de 250 expositores de empresas especializadas em vários segmentos, um deles foi BrailluMais, um stand com produtos voltados às pessoas com deficiência visual. São jogos pedagógicos e brinquedos adaptados, construídos artesanalmente e sob a perspectiva do desenho universal, para que todos possam participar e se envolver na brincadeira. A responsável por esse projeto,  
 "Multiplicando Ações Inclusivas", é Luciane Molina, pedagoga do Centro Interdisciplinar de Assistência Educacional (CIAE). 
A criação dessa linha de produtos visa trazer uma nova visão para o ensino da Grafia Braille, e estimulação tátil, por meio do uso lúdico e pedagógico desses materiais, que foram desenvolvidos conforme suas necessidades enquanto pessoa com deficiência visual e profissional 
que atua na área da alfabetização e capacitação de professores. "Foi uma oportunidade grandiosa para divulgar o quanto podemos contribuir para que a inclusão da pessoa com deficiência visual seja encarada com naturalidade e ela possa participar de atividades em grupos diversos, envolvendo pessoas com e sem deficiência", revela Luciane Molina.
Estiveram visitando o stand pessoas vindas de todo país, incluindo professores, dirigentes de ensino, fisioterapêutas, psicólogos, profissionais da saúde, educação, reabilitação, familiares de pessoas com deficiência, representantes de várias instituições e, as próprias pessoas com deficiência. 
Entre os visitantes, o Stand BrailluMais recebeu, na sexta-feira, dia 15/04, a ilustre presença dos profissionais da cidade de Lorena, a coordenadora do CIAE, Elisabet Ferreira, a psicóloga Dênia Gomes e a especialista em educação Débora Rodrigues, ambas também do CIAE e mais 7 professoras das salas de recursos multifuncionais do município. "Ficamos muito felizes de ter uma representante nossa aqui na feira e viemos prestigiar seu stand, um espaço com muitas novidades na área da deficiência visual", diz Elisabet. Para Débora Rodrigues, a feira é um espaço para contatos e interação com pessoas de diferentes lugares e com um objetivo em comum, que é a inclusão das pessoas com deficiência. "já fizemos muitos contatos e pretendemos levar novidades pro nosso município, como palestras e eventos", continua.

Confira, em breve, outras novidades BrailluMais no site: www.braillu.com. Para entrar em contato com Luciane Molina, escreva para braillu@uol.com.br

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Professoras da Sala de Recursos Multifuncionais participam de oficina sobre o "Brincar"

As professoras da sala de recursos multifuncionais que, desde o dia 07 de fevereiro tem recebido formação para atuarem no serviço de atendimento educacional especializado - AEE do município de Lorena, participaram, nesta última terça-feira, dia 22/02, de uma oficina sobre o "Brincar".

A oficina foi ministrada pelas profissionais do Centro Interdisciplinar de assistência Educacional (CIAE), Niled e Samanta e, abordou os temas envolvendo o brincar e o lúdico no trabalho com as crianças das salas de recursos multifuncionais.

 “A Sala de Recursos Multifuncionais são espaços localizados nas escolas de educação básica onde se realiza o Atendimento Educacional Especializado – AEE. Elas são constituídas de mobiliários, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos e de professores com formação para realizar o AEE”. O AEE é  “um serviço da Educação Especial, de caráter complementar ou suplementar, voltado para a formação dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades /superdotação considerando as suas necessidades específicas de forma a promover acesso, participação e interação nas atividades escolares.

Para saber mais visite o blog do projeto:
www.vivenciandoainclusao.blogspot.com
 

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Diário de Bordo - professora Tatiane

Lorena, 22 de fevereiro de 2011.

            Querido diário de bordo,

            Hoje a capacitação foi uma das melhores.
            No período da manhã Débora e Luciane falaram sobre autismo, um assunto super interessante, que eu gosto muito. Além de tudo bem esclarecido e explicado pelas duas.
            A hora passou e eu nem percebi.
            Período da tarde o tema abordado foi “O BRINCAR”, ministrado pela Samantha e Niled.
            Voltamos à infância, deixamos a timidez de lado e resgatamos a criança que temos dentro de nós.
            Alegres e sorridentes parecíamos alunos da educação infantil. Abraçamos-nos, dançamos, rodamos, demos gargalhadas, pintamos, desenhamos...
            Encerramos o dia com um relaxamento, através de uma dinâmica, onde colocamos para fora o que nos preenche por dentro.
            No final parecia que estávamos diante de uma exposição de quadros, a parede toda decorada com um pouquinho de nossos sentimentos e expectativas, iluminando e encantando o porão quente e abafado.
            Tudo isso que aprendemos hoje está acrescentando para atendermos nossos alunos de uma maneira acolhedora e acreditando que com amor não existe as diferenças.
            Até amanhã...




terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Recomendações para o processo de ensino-aprendizagem para crianças autistas

Nesta terça-feira, dia 22/02, a formação para os professores do AEE teve como tema o Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD), fornecendo informações a respeito das características, análise de casos e recomendações para o processo ensino-aprendizagem.

Recomendações para o Processo Ensino-Aprendizagem

Como é sabido e regra geral, as crianças autistas apresentam dificuldades ao nível da comunicação e da socialização.

O ensino inclusivo na escola regular deverá estar preparado para que os alunos com autismo ou com necessidades educativas especiais possam desenvolver-se como cidadãos, assim como deve estar preparado para que estes possam adquirir novas competências.

Infelizmente, e devido às carências existentes na escola regular, por vezes surge a necessidade de recorrer aos estabelecimentos de ensino especial.
Os professores reconhecem que aquele aluno “é diferente” sem que consigam apontar com clareza a natureza dessa diferença. Certo é que estes alunos podem ler com muita rapidez e correcção sem contudo compreender os conceitos implícitos no texto.
As composições escritas são extremamente lacónicas, absolutamente factuais como se de um inventário se tratasse. As operações matemáticas são realizadas com extrema rapidez e facilidade mas o enunciado dum problema não é compreendido.
Podemos definir como objectivos prioritários de intervenção: a promoção do desenvolvimento global do aluno e de competências específicas; informar e auxiliar os encarregados de educação a implementar estratégias para melhor lidarem com o seu educando; informar/sensibilizar a escola e a comunidade em geral acerca das características destas crianças e jovens, no sentido de estabelecer parcerias que contribuam para a sua aprendizagem, adaptação e inclusão social.
Como tal é necessário que os professores, educadores e restante comunidade educativa estejam preparados para trabalhar com este tipo e alunos.

Seria imperioso que se apostasse na formação e na sensibilização de toda a comunidade educativa e no apetrechamento das escolas, ao nível de recursos materiais, espaciais e humanos, assim como seria importante que estes alunos beneficiassem de uma equipa multidisciplinar que englobasse: professores, educadores, psicólogos, terapeutas, educadora/o social, entre outros - trabalho desenvolvido por estes deve de ser efectuado em equipa, ao nível da programação, aplicação e avaliação.

Para elevar o grau de sucesso o número de alunos por turma deveria ser reduzido, deveriam existir professores de apoio nas respectivas áreas ou disciplinas, a programação e a avaliação deveriam ser individuais, no sentido de definir quais os comportamentos a modificar, quais as áreas a trabalhar, assim como, para melhor identificar as aquisições e as dificuldades.
Deve de ser concebido um plano de intervenção adequado ao aluno de forma a possibilitar um tratamento personalizado e específico, satisfazendo as capacidades e ritmo de cada um.

As sessões de trabalho devem ser curtas e o aluno deve ser encorajado nas actividades propostas.

Os conceitos a abordar devem ser repetidos várias vezes e sempre da mesma maneira, contudo devemos inovar e variar sempre que possível.

Para que melhor se desenvolvam as capacidades do aluno, pudemos a áreas como: psicomotricidade, expressão musical, expressão dramática, informática, educação física, dança, expressão plástica, formação pessoal e social, actividades da vida diária, áreas vocacionais, entre outras…

Estas áreas serão importantes para auxiliar o aluno a desenvolver-se ao nível da expressão, socialização, para ultrapassar os comportamentos ritualistas e compulsivos, para elevar a auto-estima, assim como para proporcionar um desenvolvimento académico equilibrado e harmonioso.

Qualquer professor, educador, técnico, ou encarregado de educação necessitará de bastante paciência para trabalhar com uma criança autista, devendo aceitar e reconhecer as suas “limitações” e respeitar a “lentidão” dos seus progressos. Para isso deverão trabalhar com a criança autista por etapas.

O contacto frequente dos encarregados de educação com a escola é de extrema importância para o desenvolvimento da criança, no sentido da sua participação activa no contacto e trabalho com a equipa multidisciplinar, de forma a obter informações acerca das evoluções e dificuldades do seu educando, conhecendo e colaborando em casa com o trabalho efectuado na escola.

Deverão ser desenvolvidas actividades em que a participação dos professores, educadores, técnicos e encarregados de educação seja uma realidade, trabalhando em conjunto no âmbito da socialização, da imitação, da motricidade, da linguagem, da coordenação… De forma a promover uma evolução significativa das capacidades do aluno.

Existem autistas com um QI baixo, normal e algumas crianças são bastante inteligentes. É importante conhecer as aptidões e os interesses da criança, para aproveitá-los posteriormente, como instrumentos académicos – de modo a superar ao máximo as suas dificuldades.

Infelizmente, o Autismo ainda origina alguns problemas que prejudicam o desenvolvimento e a integração das crianças e jovens com esta problemática, como: o desconhecimento por parte da sociedade das características básicas do Autismo – o que dificulta o seu diagnóstico; a ausência de locais especializados que ofereçam o tratamento e o apoio necessários; a carência de escolas onde estas crianças possam estar devidamente integradas.

Estes factores tornam-se lamentáveis e prejudicam o desenvolvimento da criança autista, uma vez que estas crianças podem alcançar um bom nível de progresso se houver um diagnóstico precoce e um tratamento oportuno.

O trabalho repetido e a estimulação contínua contribuirão para o progresso e evolução das capacidades da criança autista ao nível pessoal e social.

Em suma, há que procurar compreender os comportamentos autistas e estipular objectivos a atingir, estimulando e acompanhando a criança/jovem no seu processo de desenvolvimento e de aprendizagem e contribuindo para a sua integração plena na sociedade.
________________________________________
Autoria:
António Araújo (Professor)
José Santos (Professor)


COMO TRABALHAR COM AUTISTAS
DISTURBIOS DE COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM
O inicio do desenvolvimento da linguagem caracteriza-se por mudez ou ecolalia. A fala não é usada para comunicação com ausência ou pobreza de comunicação não-verbal. Na maioria dos pacientes, nem a expressão facial e nem os gestos são usados como formas de comunicação. A fala para fins de comunicação, quando ocorre, não apresenta diferentes entonações, é arrítimica, sem inflexões e não transmite emoções. Em crianças autistas, mais velhas a comunicação é pouco espontânea e original.
CODISTURBIOS EM RELAÇÃO A OBJETOS
As crianças autistas de pouca idade usam objetos inanimados quase que exclusivamente para gira-los ou sacudi-los. Mostram uma tendência para enfileirar ou arrumar esses objetos sempre da mesma maneira, dando a impressão der querer manter seu ambiente sempre igual, sem variações. Mais tarde passam a fazer uso ritualizando desses objetos em atitudes repetitivas. Apresentam graves deficiências nas brincadeiras simbólicas e são incapazes de usar brinquedos e outros objetos de forma imaginativa.
DISTURBIOS DA MODULAÇAO SENSORIAL
A incapacidade de modular adequadamente os impulsos sensoriais é bem mais evidente quando são mais novos. Todas as modalidades sensoriais estão afetadas e a modulação adequada dos impulsos sensoriais manifesta-se tanto por falta de reações quanto por reações exageradas acompanhadas de auto-estimulação sensorial.
A hiporreatividade a estímulos auditivos evidencia-se pelo aparente descaso tanto a comandos verbais quando a ruídos fortes. Barulhos súbitos que poderiam assustar qualquer um; para os autistas pode não acontecer nenhuma reação. Em termos de visão, a criança pode ignorar a presença de novas pessoas na sala ou objetos em seu ambiente e passar por cima deles, como se não existissem. Às vezes, deixam cair objetos colocados em suas mãos, como se não tivessem percepção tátil. Estímulos dolorosos, como pancadas, cortes e contusões freqüentemente são ignorados.
No entanto também pode ocorrer o contrário, com reações exageradas à estes mesmos estímulos sensoriais. Podem apresentar uma percepção muito aguçada em detalhes ao ponto de se distraírem e as vezes, uma sensibilidade muito aumentada em estímulos sensoriais que elas próprias buscam e induzem. Alguns distúrbios de mobilidade podem produzir intensa estimulação sensorial. Para introduzirem estímulos auditivos esfregam, batem ou ficam puxando as orelhas, rangem os dentes ou aranham, batem e “batucam”, em superfícies.
Em termos de visão, elas ficam olhando os movimentos de seus dedos e suas mãos e observam fixamente, os detalhes das superfícies. Estímulos são obtidos por movimentos do corpo, em balanços para frente e para trás e para os lados ou por movimentos circulares da cabeça. Contrastando com a busca de estímulos sensoriais, existe um paradoxal desconforto causado por estímulos em todas as modalidades sensoriais. Podem agitar-se com o som de sirenes, aspirador de pó, liquidificador, latidos e chagam a tapar os ouvidos para evitar a intensidade desse sons e, as vezes reagem igualmente à ruídos leves como o simples ruído de amassar um papel.
Mudanças bruscas de iluminação ou encontro inesperado com um objeto também podem provocar as mesmas reações de medo demonstradas anteriormente. Quanto ao tato, podem demonstrar aversões a determinados tecidos como a lã, Poe exemplo. Normalmente preferem superfícies lisas (seda, cetim). Nos dois primeiros anos de vida, até a alimentação com consistência áspera, normalmente provoca mal-estar.
Aversão a estímulos vestibulares podem ser induzida por lutas de brincadeira ou até andar em elevador. Os distúrbios de modulação sensorial e de mobilidade ocorrem principalmente entre 24 e 60 meses de idade.
Exemplos: tanto a hipo-reatividade , quanto a hiper-reatividade a sons também são considerados como sintomas dos distúrbios de linguagem.
DISTURBIOS DA MOBILIDADE
Ocorrem principalmente em crianças de pouca idade. Os maneirismos são complexos, ritualísticos e estereotipados e não parecem ser totalmente voluntários, ocorrendo de forma intermitente ou continua. Diversos movimentos dos dedos das mãos na frente dos olhos podem-se transformar num movimento estereotipado e repetitivo. A criança flexiona ou estende os dedos ou as mãos ou alterna a provação e superação do antebraço. O andar nas pontas dos pés ocorrem em estações de excitação quando começam a nadar em círculos ou como modalidade exclusiva do caminhar.
Movimentos bruscos do tronco ou de todo o corpo aparecem, muitas vezes acompanhados por movimentos giratórios e pancadas na cabeça, embora com esta atividade motora, bastante perturbada, as crianças autistas não são, necessariamente hipertivas, apesar de em alguns casos a hiperatividade seja o sintoma mais importante. Em crianças ainda podem ocorrer episódios súbitos e breves de imobilidade.
Condições associadas ao autismo – as principais condições patológicas encontradas associadas ao autismo são: retardo mental, síndromes cerebrais orgânicas (com ou sem convulsões) e uma historia de ocorrências anormais nos períodos pré e neonatal.
 

PRINCIPAIS ASPECTOS A SREM CONSIDERADOS
1. A comunicação (receptiva e expressiva);
2 . A atenção e concentração;
3 . O comportamento;
4 . As AVD’s
A programação será introduzida a medida que o desempenho da pessoa permitir.

COMUNICAÇÃO
* Principal meta;
* Dela consigo mesma, com as pessoas, com o mundo, com os acontecimentos e com os objetos;
* A mais fácil é com os objetos porque eles não mudam;
* A linguagem verbal normalmente não faz sentido para autistas;
* Outras formas de comunicação precisam ser encontradas;
* O autista tem mais chance de aprender o significado se usarmos poucas palavras e sempre as mesmas;
* É importante ensiná-los a usar gestos;
* Muitas tentativas de comunicação não são percebidas pelos padrões sociais;
* A pessoa que interage com ele deve ser sensível capaz de um processo de empatia;
* Emitar um gesto estereotipado, as vezes funciona para estabelecer contato;
* Porém estimular para que ele se comunique;
* Devemos estar atentos para as oportunidades;
* Sempre observar e estudar o desempenho da criança;
* Para conseguir contato as vezes são necessárias atitudes extremas.
Ex: Apagar a luz e iluminar o rosto, colocá-lo na cadeira de um jeito que não possa fugir e segurar o rosto...

A ATENÇÃO
* A falta de atenção pode estar ligada a causas fisiológicas ou neuropatológicas.
* Como educadores devemos tentar:
- Manipular a hiperatividade;
- Intervir para reduzir o alheiamento;
- Estimular as percepções sensoriais;
- Sensibilizá-lo para o seu próprio corpo;
- Guiando-o através de ajuda física p/ que execute movimentos;
- Promover a focalização do olhar;
- Eliminar possibilidade de distração;
- Explorar motivação;
- Aprofundar interações
(Ex. tirar um objeto de suas mãos e devolvê-lo em seguida, aumentando gradativamente o tempo de retenção do objeto para ver se ele procura.)
*   As atividades precisam proporcionar sucesso a curto prazo, caso contrário não estimularam novas tentativas;
*   A música é um elemento muito importante;
*   A percepção auditiva dos autistas é muito peculiar;
*   Os autistas são muito seletivos, assim uma figura c/ muito pormenores poderá confundi-lo;
*   Assim precisamos começar com um sentido ou percepção para depois fazer outras integrações;
*   Por esta razão o professor deve ficar por trás do aluno, enquanto vai surgindo as atividades e dando ajuda física necessária.



















COMPORTAMENTO
- Os autistas costumam ter comportamentos que dificultam sua integração social. Podem apresentar negativismo tão acentuado que se recusam até sair do chão, a sentar-se ou a comer;
- Mas, nenhum comportamento é eterno;
- As vezes este comportamento estranho é a única maneira de expressão, de se sentirem vivos. Pela dificuldade de comunicação custam a aprender e manifestar outras maneiras.
- Para tentar controlar os problemas de comportamento devemos:
* Limitar as oportunidades para que os problemas aconteçam;
* Analisar o comportamento atípico;
* Planejar a atitude face o problema e verificar que todas as pessoas tenham a mesma postura;
* Manter consistência e coerência;
* Redirecionar se for necessário mas só após consulta ao grupo;
* Fomentar um comportamento alternativo para substituir o indesejável como estratégia de passagem para alcançar o comportamento desejado;
* Manter registro das observações para não perder de vista a evolução do caso;
* No caso de auto-agressão, considerar a possibilidade de tratar-se de falta de estímulo ou incapacidade de responder ao estímulo;
* Reforçar positivamente os bons comportamentos, quando não existirem dar um intervalo nos demais comportamentos, só criar saldo positivo;
* Dar um tempo para ele, pois precisa de momentos de descanso a essa “invasão”, mas nunca deixá-lo entregue ao isolamento;
* A hiperatividade melhora quando contida – dar tarefas;
* Os comportamentos compulsivos diminuem com as tarefas;
* As crises de birras não podem ser valorizadas;
* É preciso certificar-se de que a negatividade do autista não tem uma razão;
* Os autistas tem um limiar baixo para frustração – quanto mais ele se fechará em seus rituais e maneirismos;
* Quando toma medicação que interfere em seu comportamento, é importante registrar as alterações para subsídios ao médico;
* Todas as atividades terão de ser pacientemente ensinadas assim como o uso funcional dos brinquedos. Ele não simboliza e dificilmente vai saber que fazer com o brinquedo.











O TREINO DAS AVD’s
*   O estabelecimento de atos higiênicos são importantes para que consiga integrar-se até mesmo em sua casa;
*   É necessário uma rotina diária, estruturada para que esses hábitos sejam assimilados e estabelecidos;
*   O programa deve ser baseado em:
- Rotina
- Conservação
- Estruturação
* A rotina é importante para que ele saiba o que vai acontecer em seguida.
* A estruturação dá consistência ao trabalho.
* Quando algumas aquisições forem alcançadas, precisamos conservá-las da reaplicação das mesmas em situações diferentes com pessoas diferentes;
* Deve ser ter um lugar bem estruturado, qualquer alteração pode provocar uma crise;
* Os locais devem ficar claros;
* Quando chegar a escola deve ser recebida (inicialmente) pela mesma pessoa – Cumprimentando e chamando pelo nome;
* A programação deve ter um ritmo constante, conter canto, atividades que valorizem a organização do comportamento,atividades para o desenvolvimento de habilidades, educação física e programação escolar compatível ao desenvolvimento.
* Necessitam de atendimento individualizado mas, para que sejam estimulados precisam que participem de grupos;
* Crianças deficientes bem comunicativas pode ser a melhor opção;
* Estejam preparados para o retrocesso;
* É importante espaço para a criatividade, aproveitando algumas iniciativas
* Não podemos esquecer que apesar de todas as suas limitações os autistas podem ter habilidades tão raras e especiais que não poderíamos imaginar que tivessem!

Sugestões de atividades: oficina de psicomotricidade

Área Motora
Chapéu ao alto
Objetivos: desenvolver agilidade, atenção, prontidão de reação e coordenação motora.
Formação: alunos em circulo.
Material: Chapéu 
Desenvolvimento: um participante comandara a brincadeira. Os alunos obedecem a comando deste líder que dará ordens, tais como: bater palmas, rir, chorar, girar, coçar a cabeça etc. em um dado momento ele jogara um chapéu ao alto. Os alunos continuam obedecendo às ordens do líder, enquanto o chapéu não trocar o chão. No instante em que o chapéu cair no chão todos devem parar com os movimentos que estavam executando. Aquele dentre os participantes que continuar com os movimentos sai da brincadeira.


Área Percepto Cognitivo
SIGA O CHEFE:
Objetivo:Percepções visuais e de espaço, obedecer ordens, identificação, movimentos coordenados, aprendizagem.  
Formação: As crianças dispõem - se em colunas um por um atrás do professor, o “chefe”.
Material: Brinquedos, objetos diversificados, giz, lápis de cor, folhas (sulfite, jornal), etc.
Desenvolvimento: Ao sinal de início, o grupo põe-se a acompanhar o chefe, que caminha realizando evoluções variadas (andar em círculo; progredir em caracol; pôr-se de costas; saltar; pular um banco, ou obstáculo; gesticular; etc.). Quando a criança deixar de imitá-lo pagará prenda, indo ocupar o último da coluna.
OBSERVAÇÃO: Esta brincadeira pode ser utilizada na arrumação da sala após o período de jogos. O “chefe” colocará no lugar a sua cadeira e apanhará um papel no chão, limpará a mesa, movimentos a serem imitados pelas crianças.


Área da linguagem
Complete a frase
Objetivo: Trabalhar oralmente as palavras, despertando a atenção, a criatividade e iniciativa.
Formação: Alunos dispostos em círculo.
Material: Nenhum
Desenvolvimento: O professor deve dizer uma frase qualquer. O participante seguinte deverá dizer a ultima palavras que o participante anterior falou e completar a frase. Ex.: Maria comeu manga; a manga é muito saborosa. Saborosa também é a laranja. A brincadeira prossegue, aumentando as frases até alguém errar, quando então se reinicia com nova frase.
Possibilidade: Estruturar a brincadeira sob forma de musical (Ex: passar uma musica e pedir que a repitam sob forma de movimentos e/ ou expressões, sons, ou pedir que criem historias)
Ex.: OPERÁRIOS SILENCIOSOS:
Formação: Crianças em semi círculo.
Desenvolvimento: O professor dirá: “Operários Silenciosos, eu tenho um martelo, o que se faz com ele?” As crianças deverão imitar o bater do martelo. As que se enganarem ou fizerem outro movimento serão retiradas do jogo provisoriamente, até a próxima substituição. Em seguida nomear outros utensílios: serrote, tesoura, agulha, caneta, machado, pá, enxada, etc. cujos manejos deverão ser imitados pelas crianças.
Área de socialização
Dança do Jornal
Objetivos: Estimular a sociabilização, a expressão corporal e a percepção espacial
Formação: Alunos dispostos em pares
Material: folha de jornal, aparelho de som, CD ou fita cassete.
Desenvolvimento: A um sinal do professor, deverão dançar (se movimentar) ao som de uma música sobre uma folha de jornal sem rasgá-la ou sair fora dela. Os pares que saírem ou rasgarem a folha de jornal vão saindo da brincadeira.
Os vencedores são os pares que não saírem de cima do papel nem rasgarem a folha do jornal.
Pode-se alternar a brincadeira, alternando entre diferentes ritmos musicais, mais rápidos, mais lentos, que exijam a execução de passos específicos etc.
Imagem e esquema corporal

Lateralidade
Choque
Objetivos: Estimular a atenção, concentração, pronta reação, espírito de equipe e lateralidade.
Formação: Alunos em circulo, de mãos dadas.
Material: Nenhum
Desenvolvimento: Devemos, primeiramente, executar esta brincadeira de olhos abertos e depois de olhos fechados. Somente o professor poderá ficar de olhos abertos. O professor inicia a brincadeira apertando uma das mãos do aluno que estiver sentado ao seu lado direito ou esquerdo, de acordo com sua escolha. Este aperto de mão é chamado na brincadeira de “ CHOQUE”. O choque percorrerá a roda toda, o aluno que levar o choque e não apertar em seguida a mão do colega passando o choque, ou simplesmente distrair-se na brincadeira, pagará uma prenda (sendo de livre escolha/ fazer algo/ ou sair da brincadeira até que o jogo acabe restando apenas dois/ possibilidade de se fazer em grupo)

Estruturação e Organização Temporal
Acorda gatinho!
Objetivos: estimular a rapidez de reação, atenção, percepção visual, audição, estruturação espacial e temporal.
Formação: alunos em circulo com o “gato” no centro.
Material: nenhum.
Desenvolvimento: os alunos formam um circulo, tendo ao centro um colega ou uma colega que será o gato ou a gata. Aquele que ficar no meio do circulo deverá fingir que esta dormindo, resistindo em acordar. Os colegas, andando em circulo, tentarão acordar o gato. Para acordá-lo, eles cantam assim: acordar gatinho(a), gatinho(a) manhoso(a), adaptando a melodia a alguma canção popular que conheçam, ou criando uma melodia própria. Quando o gatinho resolver de gato, tocando com uma das patas em alguém. O aluno que for tocado pelo gato será o gato manhoso, na seqüência da brincadeira.

Estruturação e Organização Espacial
Não respondeu, vira estatua!
Objetivo: Estimular a concentração, atenção, coordenação motora, estruturação espacial e temporal, percepção visual e audição.
Formação: alunos dispostos em fila única no fundo da sala, de frente para o professor.
Material: nenhum.
Desenvolvimento: cada aluno deve escolher o nome de um animal, flor ou fruta, comunicando-o, em segredo, ao professor. O professor, posicionando diante dos alunos, chamara um dentre os diversos nomes de animais que lhe foram informados. O aluno, cujo animal tiver sido chamado, deverá dar três passos à frente e dizer o seu nome. Caso o aluno demore a sair do lugar ou se disser o nome do animal, flor ou fruta em vez do seu nome, deverá ficar em posição de estatua. Permanecerá nesta posição ate que um companheiro, que não conseguir responder adequadamente, tome o seu lugar. A brincadeira termina quando todos os alunos forem chamados, ou quando não mais se mostrarem interessados pela brincadeira.  


Equilíbrio, postura e tônus
Corrida da maçã
Objetivos: desenvolver o equilíbrio, concentração e espírito de equipe.
Formação: alunos sentados em suas carteiras, arrumadas e colunas com numero igual de particiapantes.
Material: Maçãs.
Desenvolvimento: os últimos de cada coluna recebem uma maçã. Ao sinal do professor, colocam a maçã em cima da cabeça, levantam-se e caminham, da forma mais rápida possível, ate a 1ª carteira. Durante este tempo, os demais passam a deslocar-se uma carteira pra trás, a fim de deicar livre a da frente que deverá ser ocupada pelo “condutor”da maçã. A maçã volta ao local de inicio, ou seja, ao final da coluna, e a brincadeira recomeça. 

Coordenação dinâmica Manual/ Visual
Marionete
Objetivos: socializar, relaxar o corpo tornando os movimentos mais livres, criativos e flexíveis.
Formação: Alunos dispostos em pares
Material: Nenhum
Desenvolvimento: Os alunos, cada um com seu par, posicionam-se um em volta do outro. Um aluno será a marionete e o outro o manipulador. O manipulador pega a marionete pelo braço ou pela cintura, de acordo com o que achar melhor, e brinca com ela criando e inventando o movimento típicos de marionete. Depois se invertem os papéis.
Pode-se incrementar a brincadeira, selecionando alguns alunos para serem a comissão julgadora que atribuirá notas ou pontos para a melhor dupla.
Possibilidade de criar outros comandos que incentivem e trabalhem com movimentos coordenados, realizar determinadas tarefas, etc.
Coordenação Visomotora
Quebra - cabeça!  

Objetivo: Aumentar a interação entre as crianças, trabalhar a coordenação visomotora, destreza manual, imaginação, percepção visual.
Além do processo cognitivo, a troca de peças entre as crianças na montagem do quebra-cabeça envolve-as em atividade cooperativa. Nesse jogo elas descobrem que "abrir mão" de algumas coisas é o único modo de continuar a brincadeira.
Faixa – Etária: A partir de quatro anos.

Material:  Papel Sulfite A4 com desenhos para colorir, tesoura, lápis preto, régua, lápis de cor ou giz de cera, folhas de Papel Almaço.

Desenvolvimento:
1. Preparação dos desenhos:
Os desenhos são distribuídos um para cada criança. Devem ter o mesmo tipo de papel, formato e tamanho. Procure separar por temas como: animais, frutas, esportes ou profissões, e prepare diferentes desenhos sobre cada assunto.
2. Divisão em grupos:
Divida a classe em grupos iguais e distribua os desenhos, oferecendo um tema para cada grupo. Peça para os alunos colorirem as figuras.
3. Formando o Quebra - Cabeça:
Terminada a pintura, reúna os desenhos de cada grupo em pilhas separadas. Sobreponha os cinco do mesmo tema, já coloridos, e recorte a pilha de papéis de uma vez para que tenham cortes idênticos. Uma tesoura e régua para dividir a pilha de folhas em seis pedaços, por exemplo.
4. À Hora das Trocas:
A seguir, misture as peças recortadas de cada grupo e coloque seis delas dentro de uma folha dupla de papel almaço, entregando a cada criança um conjunto. O aluno tentará, então, montar um desenho inteiro sobre a folha de almaço, protegendo-o da visão dos colegas. Ele logo vai perceber que tem figuras misturadas. Assim, a criança que tiver duas peças de um mesmo objeto deverá conservá-las em seu poder e oferecer a outro jogador uma peça que não lhe sirva, para trocá-la por uma do desenho que pretende completar.
Se o colega tiver a peça desejada, a troca é feita e a criança que acertou continua pedindo peças às outras. Se errar, passa a vez para o colega que não tinha a peça pedida, e assim sucessivamente, até que as imagens se completem. Será vencedor o grupo que conseguir montar primeiro seus cinco quebra- cabeças. Durante o jogo os alunos desenvolvem artimanhas de negociação, aprendem o valor das trocas e do trabalho em conjunto.
Dicas:
· No caso de duas crianças desejarem completar o mesmo desenho, o professor deve aguardar que o impasse seja resolvido entre elas, só interferindo se realmente for necessário.

Respiração
Dinâmica
Objetivo: trabalhar a respiração, coordenação, esforço do movimento de respiração, bem-estar.
Formação: livre
Material: Diversificado; musicas, bola, etc.
Desenvolvimento: criação de brincadeiras que trabalhem o sistema respiratório da criança. Mediante exercícios de respiração, trabalhos que enfatizem o movimento.
Ex1: CUIDADO COM O MICO:
Material: 2 bolas iguais, tendo uma delas determinada marca, para indicar que representa o “mico”
Formação: As crianças em círculo, ficando duas delas (bem distantes uma da outra), de pose da bola.
Desenvolvimento: Ao sinal de início cada criança que tem a bola joga-a ao próprio vizinho (da esquerda) o qual faz depressa o mesmo em relação ao companheiro seguinte, assim por diante. As bolas são passadas rapidamente em volta do círculo tendo os jogadores por objetivo fazer com que uma alcance a outra, isto é, o “mico” seja apanhado. Mas cada qual deve evitar que tal aconteça em suas mãos, passando as bolas adiante o mais rápido possível. Quem deixa cair a bola deve recuperá-la sozinho e voltar ao seu lugar para daí continuar. Cada vez que o “mico” é apanhado, interrompe o jogo, sendo excluído o jogador em cujas mãos elas estiverem, e as bolas devolvidas novamente aos jogadores.
Ex2: Oficina de Musica
Formação: crianças sentadas em circulo na sala.
Material: musicas, sons, radio
Desenvolvimento: Começa a musica e as crianças começam a cantar, ou mesmo imitar diferentes sons, fazer técnicas vocais de locução.